A inteligência artificial (IA) representa uma evolução tecnológica que, naturalmente, levanta muitos questionamentos. Isso não significa que ela não seja eficiente — muito pelo contrário.
O único problema é que, assim como qualquer recurso que utilizamos, a inteligência artificial também pode trazer impactos negativos ao meio ambiente. Que tal entender melhor como o uso inadequado da IA pode afetar o planeta? Vamos descobrir!
O uso de inteligência artificial, especialmente em aplicações avançadas como o deep learning, exige alta capacidade computacional e processamento de dados — o que, por consequência, demanda grande consumo de energia.
O treinamento de grandes modelos de inteligência artificial pode durar semanas ou até meses em centros de dados, consumindo grandes quantidades de eletricidade. Estima-se que um modelo complexo, como o GPT, consuma tanta energia quanto uma residência média ao longo de vários anos.
Outro ponto que muita gente não sabe é que até o uso da IA envolve consumo de água. Isso porque os data centers que mantêm esses sistemas precisam de resfriamento contínuo, um processo que consome muito desse recurso.
Além do alto consumo de energia elétrica e água, a produção de dispositivos de IA e a construção da infraestrutura necessária exigem materiais raros e envolvem processos industriais que podem ser prejudiciais ao meio ambiente. Vamos entender melhor esse impacto.
A infraestrutura dos data centers, onde os sistemas de inteligência artificial são processados, depende da mineração e extração de materiais como lítio, cobalto, níquel, entre outros metais.
Esse consumo elevado intensifica o uso de recursos energéticos — muitas vezes provenientes de fontes não renováveis — e contribui de forma significativa para a emissão de dióxido de carbono (CO₂), ampliando o impacto ambiental das operações de IA.
E não para por aí: o descarte inadequado de equipamentos eletrônicos, que libera gases tóxicos provenientes dos metais, também é um problema associado ao avanço da inteligência artificial.
A demanda por hardwares cada vez mais potentes na criação de inteligência artificial também contribui para o aumento do descarte de equipamentos eletrônicos, como CPUs, GPUs e outros dispositivos.
O lixo eletrônico tem um alto custo ambiental, pois muitos desses dispositivos contêm metais pesados e substâncias tóxicas que exigem processos de reciclagem específicos e cuidadosos.
Mesmo exigindo o uso de muitos recursos naturais, a inteligência artificial pode ter seu impacto ambiental reduzido com o uso de energias renováveis, como solar e eólica.
Além disso, ao otimizar sistemas energéticos e impulsionar o avanço de tecnologias limpas, conseguimos tornar a IA mais sustentável. Isso inclui investir em data centers verdes, com refrigeração mais eficiente, melhor isolamento térmico e sistemas inteligentes de controle de temperatura e consumo de energia.
Já para ter uma gestão responsável de hardware, é possível desenvolver algoritmos que exigem menos poder computacional — como modelos mais leves ou otimizados — e a reutilização de modelos já treinados, em vez de iniciar o treinamento do zero, como o transfer learning.
Em relação ao descarte excessivo de e-lixo associado ao uso da IA, é possível reduzir esse impacto ao prolongar a vida útil dos equipamentos, implementando políticas de reparo e reuso, e garantindo o descarte correto dos resíduos eletrônicos.
Claro, a IA também pode ser usada como uma ferramenta mais sustentável, já que ela pode ajudar a otimizar o consumo energético em indústrias, prever e evitar desperdícios em cadeias produtivas, além de monitorar impactos ambientais em tempo real.
Com escolhas conscientes e estratégias bem direcionadas, é possível alinhar inovação tecnológica e responsabilidade ambiental, transformando a IA em uma aliada na construção de um planeta mais verde.
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